quinta-feira, 26 de abril de 2012

Deu pane na minha cachola.


E travei! Não consigo mais escrever. Não dá. Não dá! Eu tento, rabisco, rascunho. Escrevo uma frase aleatória aqui, outra ali. Umas palavras perdidas sem nexo. Neologismo. Até que me lembro da gramática da Emília, aquela boneca maluca. Saio das minhas viagens literárias inconscientes e volto para  o papel. Caneta, lápis, carvão. Comecei a ler o dicionário. Não sai nada de aproveitável. Li o jornal impresso. Li a revista. Li o e-book. Tweetei. Curti algumas atualizações no facebook e abri um documento no word. Fiz mais algumas coisas mas nada do que passa na minha cabeça quer virar palavra. Acho que to me guardando mais do que nunca. E justo agora que tenho motivos para sorrir, meu coração vive chorando e mandando sms para meu cérebro travar: “hey, não deixa ela dizer o que sente, nem pra ela mesma.” Daí eu fico desesperada. Xingo todos. Xingo tudo. Auto bullying. E xingo a caneta que acabou de estourar e manchou a barra do meu vestido favorito. Ah! Vou trocar minha pilha, minha bateria. Talvez eu precise de energia para voltar a funcionar. 

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