quinta-feira, 26 de abril de 2012

Deu pane na minha cachola.


E travei! Não consigo mais escrever. Não dá. Não dá! Eu tento, rabisco, rascunho. Escrevo uma frase aleatória aqui, outra ali. Umas palavras perdidas sem nexo. Neologismo. Até que me lembro da gramática da Emília, aquela boneca maluca. Saio das minhas viagens literárias inconscientes e volto para  o papel. Caneta, lápis, carvão. Comecei a ler o dicionário. Não sai nada de aproveitável. Li o jornal impresso. Li a revista. Li o e-book. Tweetei. Curti algumas atualizações no facebook e abri um documento no word. Fiz mais algumas coisas mas nada do que passa na minha cabeça quer virar palavra. Acho que to me guardando mais do que nunca. E justo agora que tenho motivos para sorrir, meu coração vive chorando e mandando sms para meu cérebro travar: “hey, não deixa ela dizer o que sente, nem pra ela mesma.” Daí eu fico desesperada. Xingo todos. Xingo tudo. Auto bullying. E xingo a caneta que acabou de estourar e manchou a barra do meu vestido favorito. Ah! Vou trocar minha pilha, minha bateria. Talvez eu precise de energia para voltar a funcionar. 

terça-feira, 17 de abril de 2012

Fiquei esperando.


Cadê teu relógio, menino atrevido? Por que não cumprisse o nosso trato e veio me buscar? Ainda te espero para voar pelos céus, entre nuvens negras e estrelas cintilantes.
Ainda te espero para ter a vida que sempre sonhei.
Eu não acredito que ele não veio me buscar para viver aventuras, para ter as melhores soluções para os nossos problemas mais engraçados.
Eu fiz tudo como ele me pediu: deixei a janela aberta, vesti meu pijama, deitei na cama e fiquei esperando. Esperando. Esperando. Adormeci. Ai, meu Deus! Será que ele veio quando eu dormi? Mas, por que ele não quis me acordar?
Eu vou ficar triste, aliás, já estou. Combinei com Peter Pan de ir morar na Terra do Nunca. Ele me prometeu. Disse que viria me buscar mas, até hoje nada.
Será que ele desistiu de mim? Ou eu mesma fiz isso e afastei ele de mim?

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Essa vida.


Eu ia começar este texto dizendo que faz um tempinho que eu não escrevo. Mas, a verdade é que isso é mentira. Todo dia escrevo milhares de palavras. Umas com nexo, outras perdidas. Algumas frases coerentes, outras sem sentido algum.
Escrever, escreve, escreva, escrevo.
A vida de redator não é fácil, como dizem.
Tem que pesquisar, estudar, ter criatividade e a maldita da inspiração.
E depois disso tudo, tenho que colocar a mão na massa, os dedos no teclado, rabiscar a folha etc.
Tenho que trabalhar. (Já estou atrasada)
E o meu serviço se resume a escrever.
Acho que é por isso que eu nunca mais escrevi.
Pelo menos, nada que pudesse colocar aqui.
Nada que expresse o que estou sentindo neste momento.