segunda-feira, 20 de julho de 2015

Mais amor, por favor!

     O mundo está perdido, com certeza! Cada vez mais vemos a crueldade estampada nas capas de jornais, nas “home” dos sites de notícias. Crime, fora da lei, falta de humanidade. Tudo isso é o que está movendo o mundo. As redes sociais tornaram-se meios fáceis de disseminação de ódio e cada um tem a sua verdade absoluta.
Matem o ladrão! Amarrem-no em um poste e o encham de porrada.
Sangue! Queremos sangue!
Dente por dente, olho por olho.
Já que a justiça não faz nada, nós faremos com nossas próprias mãos.
      A crueldade, a falta de paciência e tolerância está cada vez mais entranhada na sociedade. Não apenas como forma de justiça. A falta de humanidade tomou conta do coração das pessoas e o ódio e a raiva cegou-nos.
       Desde sexta-feira não consigo esquecer algo que aconteceu.
      Um jovem de 24 anos faleceu. Não quero entrar na questão da falta de segurança pública e nem na falta de punição das autoridades. A questão é: se dois seres humanos (se é que posso chamá-los assim) tivessem um pouco de compaixão em seus corações, hoje, esse rapaz estaria entre nós.
Um acidente cruel! Um carro corta a frente da moto, o motociclista “voa” para a outra pista e, no que ele tenta se levantar, é cruelmente atropelado por outro veículo.
      Ok! (?) Era noite, estava escuro. E a gente pensa que não tem como piorar, mas nesse caso, teve. O motociclista, que voltava da aula, morreu na hora. Os dois motoristas, desceram de seus carros e se preocuparam em “como fariam para concertar seus carros”. Embarcaram nos seus carros e saíram do local. Não tiveram nem a capacidade de chamar a ambulância.
     Graças a Deus, nem tudo está perdido. Nossa comunidade ficou horrorizada com o acidente e, principalmente, com a frieza dos motoristas. Fizeram o que tinha que ser feito na ocasião: chamaram polícia, IML e afastaram os abutres que tentaram lutar pela posse do corpo (sim, as funerárias).
Tudo isso me fez pensar (ainda mais) na vida. Não quero viver em um mundo onde o ódio impera e a raiva é presente no cotidiano. Quero um mundo de paz. Estou sempre metida com causas dos “menos favorecidos”. Mas, quero MAIS.
     O primeiro passo para eu tentar ajudar o mundo a ser um lugar mais cheio de harmonia tem que ser de dentro para fora: estou lutando contra meus monstros internos e tentando perdoar todas as mágoas que tenho. Algumas, pequenas, já nem lembro mais. E para simbolizar essa mudança, comprei uma mudinha de minirroseira. Vou cultivá-la como símbolo do crescimento do amor em meu coração. Amor à vida, amor ao próximo. Quando amamos, sabemos respeitar, perdoar, ter empatia. 
Minha minirroseira. De que cor será, né?


Mais amor, por favor!

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Nenhuma causa diminui a importância de outra causa.

O “facebook” me cansa, me irrita, me deprime e me revolta. Na real, são as pessoas do facebook. Quem me conhece, sabe que eu prefiro outra rede social, mas, infelizmente, me vejo obrigada a estar no facebook porque o Skype não substitui merecidamente o MSN e, no ~face~, é onde as pessoas estão.
Bom, tenho usado bem pouco os recursos da minha timeline. Ultimamente, tenho usado ela apenas para postar fotos (do instagram), como estou “me sentindo” e, em raros casos, minha opinião sobre, o que eu chamo de, “temas do dia”.
Semana passada, o facebook, e o mundo, piraram com a notícia de que o casamento igualitário agora é permitido em todo o território norte-americano. O Zuck, aproveitando disso, fez a página que cria um filtro de arco-íris na foto de perfil dos usuários. Bom, com isso, membros da tradicional família brasileira se revoltaram e começaram a divulgar fotos de crianças africanas passando fome, com esse tal efeito de arco-íris.
Utilizei minha timeline para expressar o que eu penso.

“Cada causa é uma causa. Nenhuma desmerece ou diminui a importância da outra. Torcer, ficar feliz e lutar pela causa do casamento igualitário, pelo reconhecimento dos "novos gêneros" e pela criminalização da homofobia não me torna homossexual e muito menos, me impede de lutar pelas crianças que passam fome na África, por exemplo. Cada causa é uma causa e todas são muito importantes para o crescimento e desenvolvimento da sociedade.”

Quem me conhece sabe que eu tenho muitos amigos que sofrem o preconceito da sociedade por serem homossexuais. Bom, eu tenho sérios problemas de empatia. Inclusive, minha psicóloga disse que eu tenho empatia demais, me coloco muito no lugar de outras pessoas. Talvez, por isso, quando eu vejo algo que ofenda algum dos meus amigos (me refiro a todos os meus amigos, sem distinção), me sinto ofendida também. Eu tomo para mim a dor de outra pessoa.
Quando a menina lá disse que se sentiu ofendida em rede nacional pelo Heron (aquele que disse que só tem tubaronense feia), me juntei a um grupo de pessoa e saímos “espalhando” outdoor pela cidade. O que aconteceu? Muitas pessoas acharam a atitude legal, fomos convidados para ir num programa de rádio, o Gugu compartilhou a foto do outdoor etc. Porém, como quase nada é de graça, precisamos pagar o ponto do outdoor, então decidimos fazer uma vaquinha online onde, graças a várias pessoas, conseguimos arrecadar o dinheiro. Só que muita gente julgou essa atitude como errada. Não deveríamos estar gastando com “besteira”, deveríamos pegar o dinheiro e ajudar uma entidade beneficente, fazer cestas básicas etc.
Gente, como já cansei de dizer, nenhuma causa diminui a outra. Um colega chegou a se explicar dizendo que não se sentia sensibilizado em ajudar criancinhas, mas que sempre ajudava outras pessoas. Mas a nossa comunidade / sociedade é muito ruim e hipócrita. Muita gente que critica as “ajudas humanitárias” desviam de moradores de rua, consideram que todos os negros são bandidos, condenam o bolsa família, condenam o sistema de cotas etc. 
Resumindo: Muitos criticam e poucos fazem algo.

Minha dica é: se você acha que deve doar dinheiro para as crianças africanas, doe. Se você acha que deve vestir a blusa do arco-íris e ir para as ruas, vá. Se você acha que deve espalhar placas motivacionais pela cidade, espalhe. Se você acha que deve dar dinheiro para a igreja, dê. Agora, se você acha que deve abrir os olhos das pessoas e dizer que a causa que ela luta é errada, FIQUE QUIETO E GUARDE SUA OPINIÃO.
Lute pelas suas ideologias e não critique as demais. Se cada um fizer sua parte, teremos, com certeza, um mundo bem melhor.


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Aproveito para deixar o contato de algumas entidades para você ajudar:
Abrigo dos Velhinhos (Tubarão / SC)