O “facebook” me cansa, me irrita,
me deprime e me revolta. Na real, são as pessoas do facebook. Quem me conhece,
sabe que eu prefiro outra rede social, mas, infelizmente, me vejo obrigada a
estar no facebook porque o Skype não substitui merecidamente o MSN e, no
~face~, é onde as pessoas estão.
Bom, tenho usado bem pouco os
recursos da minha timeline. Ultimamente, tenho usado ela apenas para postar
fotos (do instagram), como estou “me sentindo” e, em raros casos, minha opinião
sobre, o que eu chamo de, “temas do dia”.
Semana passada, o facebook, e o
mundo, piraram com a notícia de que o casamento igualitário agora é permitido
em todo o território norte-americano. O Zuck, aproveitando disso, fez a página
que cria um filtro de arco-íris na foto de perfil dos usuários. Bom, com isso,
membros da tradicional família brasileira se revoltaram e começaram a divulgar
fotos de crianças africanas passando fome, com esse tal efeito de arco-íris.
Utilizei minha timeline para
expressar o que eu penso.
“Cada causa é uma causa. Nenhuma desmerece ou diminui a importância da outra. Torcer, ficar feliz e lutar pela causa do casamento igualitário, pelo reconhecimento dos "novos gêneros" e pela criminalização da homofobia não me torna homossexual e muito menos, me impede de lutar pelas crianças que passam fome na África, por exemplo. Cada causa é uma causa e todas são muito importantes para o crescimento e desenvolvimento da sociedade.”
Quem me conhece sabe que eu tenho
muitos amigos que sofrem o preconceito da sociedade por serem homossexuais.
Bom, eu tenho sérios problemas de empatia. Inclusive, minha psicóloga disse que
eu tenho empatia demais, me coloco muito no lugar de outras pessoas. Talvez,
por isso, quando eu vejo algo que ofenda algum dos meus amigos (me refiro a
todos os meus amigos, sem distinção), me sinto ofendida também. Eu tomo para
mim a dor de outra pessoa.
Quando a menina lá disse que se
sentiu ofendida em rede nacional pelo Heron (aquele que disse que só tem
tubaronense feia), me juntei a um grupo de pessoa e saímos “espalhando” outdoor
pela cidade. O que aconteceu? Muitas pessoas acharam a atitude legal, fomos
convidados para ir num programa de rádio, o Gugu compartilhou a foto do outdoor
etc. Porém, como quase nada é de graça, precisamos pagar o ponto do outdoor,
então decidimos fazer uma vaquinha online onde, graças a várias pessoas,
conseguimos arrecadar o dinheiro. Só que muita gente julgou essa atitude como
errada. Não deveríamos estar gastando com “besteira”, deveríamos pegar o
dinheiro e ajudar uma entidade beneficente, fazer cestas básicas etc.
Gente, como já cansei de dizer,
nenhuma causa diminui a outra. Um colega chegou a se explicar dizendo que não
se sentia sensibilizado em ajudar criancinhas, mas que sempre ajudava outras
pessoas. Mas a nossa comunidade / sociedade é muito ruim e hipócrita. Muita
gente que critica as “ajudas humanitárias” desviam de moradores de rua,
consideram que todos os negros são bandidos, condenam o bolsa família, condenam
o sistema de cotas etc.
Resumindo: Muitos criticam e poucos fazem algo.
Minha dica é: se você acha que
deve doar dinheiro para as crianças africanas, doe. Se você acha que deve
vestir a blusa do arco-íris e ir para as ruas, vá. Se você acha que deve
espalhar placas motivacionais pela cidade, espalhe. Se você acha que deve dar
dinheiro para a igreja, dê. Agora, se você acha que deve abrir os olhos das
pessoas e dizer que a causa que ela luta é errada, FIQUE QUIETO E GUARDE SUA
OPINIÃO.
Lute pelas suas ideologias e não
critique as demais. Se cada um fizer sua parte, teremos, com certeza, um mundo
bem melhor.
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