Vou fugir dessa cidade. Vou viajar: Hawaii, Pequim, Istambul. Vou para um lugar onde eu possa ser marajá e viver de frente pro mar. Ou quem sabe, ir para uma casa de campo para poder compor rocks rurais. Quero viver como uma bela tribo de índios.
Na verdade, quero fugir, quero um tobogã. Quero o perigo, sozinha. Eu quero a cura pro meu vício, pois eu já não consigo rir.
E nada hoje em dia é como costumava, divertido, como um tempo atrás. Eu perdi muito tempo nessa cidade. E para me despedir, vou procurar um último bar e quando a minha garrafa estiver no fim, ADEUS.
Eu quero procurar um lugar que vi nos livros e ouvi nos discos. Eu quero mais que sonhar, porque eu sei que viver é melhor do que isso.
Sim, eu tenho sonhos lindos. Eu sonho, inclusive com crianças cantando, livres por aí.
Eu já disse que não consigo me lembrar do tempo que passou, mas percebo que tenho todo o tempo do mundo.
Adeus, minha gente. Logo mais, eu telefone, mas, agora estou com sono. E todos os dias, antes de dormir, lembro de como foi meu dia meio sério e selvagem, nesta cidade biruta.
Na verdade, eu quero dias perfeitos.
Quero ser uma maluca total, sem controlar minha lucidez. Aproveitar uma velha e eterna infância.
Na verdade, desejo muito, usar a minha aquarela para pintar o meu nariz. Sim, eu quero muito, brincar de ser feliz.
Maio/2010
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