O mundo está perdido, com
certeza! Cada vez mais vemos a crueldade estampada nas capas de jornais, nas “home”
dos sites de notícias. Crime, fora da lei, falta de humanidade. Tudo isso é o
que está movendo o mundo. As redes sociais tornaram-se meios fáceis de
disseminação de ódio e cada um tem a sua verdade absoluta.
Matem o ladrão! Amarrem-no em um poste e o encham de porrada.
Sangue! Queremos sangue!
Dente por dente, olho por olho.
Já que a justiça não faz nada, nós faremos com nossas próprias mãos.
A crueldade, a falta de paciência
e tolerância está cada vez mais entranhada na sociedade. Não apenas como forma
de justiça. A falta de humanidade tomou conta do coração das pessoas e o ódio e
a raiva cegou-nos.
Desde sexta-feira não consigo
esquecer algo que aconteceu.
Um jovem de 24 anos faleceu. Não
quero entrar na questão da falta de segurança pública e nem na falta de punição
das autoridades. A questão é: se dois seres humanos (se é que posso chamá-los
assim) tivessem um pouco de compaixão em seus corações, hoje, esse rapaz
estaria entre nós.
Um acidente cruel! Um carro corta
a frente da moto, o motociclista “voa” para a outra pista e, no que ele tenta
se levantar, é cruelmente atropelado por outro veículo.
Ok! (?) Era noite, estava escuro.
E a gente pensa que não tem como piorar, mas nesse caso, teve. O motociclista,
que voltava da aula, morreu na hora. Os dois motoristas, desceram de seus
carros e se preocuparam em “como fariam para concertar seus carros”. Embarcaram
nos seus carros e saíram do local. Não tiveram nem a capacidade de chamar a
ambulância.
Graças a Deus, nem tudo está
perdido. Nossa comunidade ficou horrorizada com o acidente e, principalmente,
com a frieza dos motoristas. Fizeram o que tinha que ser feito na ocasião:
chamaram polícia, IML e afastaram os abutres que tentaram lutar pela posse do
corpo (sim, as funerárias).
Tudo isso me fez pensar (ainda
mais) na vida. Não quero viver em um mundo onde o ódio impera e a raiva é
presente no cotidiano. Quero um mundo de paz. Estou sempre metida com causas
dos “menos favorecidos”. Mas, quero MAIS.
O primeiro passo para eu tentar
ajudar o mundo a ser um lugar mais cheio de harmonia tem que ser de dentro para
fora: estou lutando contra meus monstros internos e tentando perdoar todas as
mágoas que tenho. Algumas, pequenas, já nem lembro mais. E para simbolizar essa
mudança, comprei uma mudinha de minirroseira. Vou cultivá-la como símbolo do
crescimento do amor em meu coração. Amor à vida, amor ao próximo. Quando
amamos, sabemos respeitar, perdoar, ter empatia.
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Minha minirroseira. De que cor será, né? |
Mais amor, por favor!