terça-feira, 27 de março de 2012

Renato. Imortal.



Hoje um dos maiores poetas do Brasil completaria 52 anos. 


RENATO MANFREDINI JÚNIOR NASCEU
NO DIA 27 DE MARÇO DE 1960 NO RIO DE JANEIRO.
Renato Russo é considerado por muitos fãs o irmão mais velho de toda uma geração. Uma geração que ele mesmo batizou de Coca-Cola. Desde 1985, quando a Legião Urbana lançou seu primeiro disco, até hoje, milhões de fãs, de diversas idade, classes sociais e culturas diferentes se sentiram profundamente tocados pelas letras do cantor.

Considerado por alguns como o líder quase messiânico dos jovens, Renato Russo refutava veeementemente essa idéia, dizendo que era apenas um cantor que cantava o que as pessoas gostavam e queriam ouvir. Renato Manfredini Júnior (seu verdadeiro nome) nasceu no dia 27 de março de 1960, às quarto horas da manhã, na Clínica Santa Lúcia, em Humaitá, no Rio de Janeiro. Aos sete anos foi morar em Nova Iorque, após seu pai, funcionário do Banco do Brasil, ser transferido para os Estados Unidos. >> Continue lendo aqui

Escolhi uma das músicas do Renato / Legião Urbana que eu mais amo. E me identifico. Sem falar que as metáforas usadas na letra são geniais.

"Índios" 

Quem me dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.

Quem me dera ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.

Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer.

Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente.

Quem me dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do iní­cio ao fim.

E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.

Quem me dera ao menos uma vez
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos, obrigado.

Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim.

E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.


Onde quer que você esteja, parabéns Renato.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Porto Alegre.


Eu queria, também, ter uma casa no campo e compor rock. Ler Quintana na varanda, espreguiçada na rede. Viajar numa saga histórica e conhecer melhor Rodrigo Cabará, junto com Érico. E rir, rir muito, com as maluquices e verdade do Veríssimo (do Luiz). Putz! Não posso esquecer que marquei com a galera de treinar o surf lá no Guaíba e depois, pegar um Gre-nal no Olímpico, claro. Meu imortal tricolor não vai me decepcionar. E no fim da tarde, ver o pôr do sol no Gasômetro, tomando um chimarrão com os guris e as gurias. Depois, pôr o vestido de prenda e sair pra bailar na invernada. Ah! Como eu queria estar em Porto Alegre.

Parabéns Porto Alegre!

sexta-feira, 23 de março de 2012

Eu queria.


Eu queria ter alguém para dividir a minha vida. Para rir. Para chorar. 
Alguém que aceitasse ouvir meus dramas e não me levasse a sério. 
Alguém que ouça minhas lamentações e me leve a sério. 
Sério! 
Eu queria ter alguém que me anime nas horas depressivas, 
e alguém que precise sempre de alguma ajuda minha. 
Eu queria ter alguém que fosse completamente diferente de mim 
e que sempre me resgate no final do poço. 
Lá no fundo. 
Eu queria uma pessoa alegre, brincalhona. 
Uma pessoa que me irritasse e que me fizesse rir. 
Uma pessoa para confiar meus segredos. 

Bom, eu não queria uma pessoa. 
Na verdade, eu queria um amigo. 
E hoje é aniversário desse amigo que há quatro anos eu achei, perdido por aí.
Parabéns , tu mereces todas as homenagens do mundo.
E obrigada por ser meu amigo forever.
Te adoro.


segunda-feira, 19 de março de 2012

Passarinho.


Sou um passarinho.
No diminutivo mesmo.
Porque ainda sou filhote
E não aprendi a voar.

Minha cabeça está sempre no vento
Ou talvez
Ela seja feita dele.

Frágil
Livre
Mas, todo mundo tenta me colocar numa gaiola
Dizendo que vai ser melhor assim
Que vão cuidar de mim.

Mentira.
Um pássaro tem asas
E precisa sair voando
Sem rumo
Buscando sempre
Um lugar melhor.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Gaiola.


Há uma gaiola
Guardando minha alma
Trancafiada
Sou refém de mim mesma.

E eu,
Só queria saber voar
Ganhar os céus.

Não queria
Quero

Tanto
Desprender minhas asas
E voar
Pelos ares
Sem rumo
Sem destino
Sem cansar.

Eu sei
Vou alcançar
A liberdade
E pra trás
Vou deixar tudo o que vi
O que vivi
Parada na minha gaiola.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Ouvinte.


Barulho de carros,
Ruído de construção
E o canto dos pássaros.
Mesclados a uma linda canção.

Parece uma visão,
Pareço uma personagem
De um grande drama,
Dentro da tua televisão.
Dentro da minha cabeça.

Perco-me.
E não me acho.
Sinto-me inerte
Sem seguir o compasso dos teus passos
Sem dançar essa melodia
Que insiste em ouvir
O meu coração.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Dia da Poesia

Hoje é o dia da Poesia. Ontem, vi no JN que está acontecendo uma exposição sobre Fernando Pessoa em Lisboa, então, escolhi este poema, bem conhecido dele que, atualmente, está me inspirando muito. Afinal, acredito que minha alma está longe de ser pequena. E todas as minhas decisões estão valendo tanto a pena.


MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!


Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.


Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.


E falando em alma, tem outra poesia para vocês.

NÃO SEI QUANTAS ALMAS TENHO


Não sei quantas almas tenho. 
Cada momento mudei. 
Continuamente me estranho. 
Nunca me vi nem acabei. 
De tanto ser, só tenho alma. 
Quem tem  alma não tem calma. 
Quem vê é só o que vê, 
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo, 
Torno-me eles e não eu. 
Cada meu sonho ou desejo 
É do que nasce e não meu. 
Sou minha própria paisagem; 
Assisto à minha passagem, 
Diverso, móbil e só, 
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo 
Como páginas, meu ser. 
O que segue não prevendo, 
O que passou a esquecer. 
Noto à margem do que li 
O que julguei que senti. 
Releio e digo :  "Fui  eu ?" 
Deus sabe, porque o escreveu. 


PARABÉNS A TODOS OS POETAS QUE  TRANSFORMAM VIDAS EM POESIAS.

terça-feira, 6 de março de 2012

Cidade Grande


Cidade grande é um termo usado para designar cidades com mais de 500 mil habitantes. Geralmente é uma capital.  O que encontrar em uma “cidade grande”:

• Calçadas cheias de pessoas: É aquela loucura, gente andando, se esbarrando, se brigando. Isso quando não vem aquele moleque correndo e te leva a bolsa e tudo o que tiver dentro dela. É um verdadeiro calor humano.

• Trânsito Caótico: Sim! Filas de carros. Parados, quase parados, andando. O Trânsito é um verdadeiro caos. A quantidade de carros ajuda na composição do próximo item: Poluição.

• Poluição: Não são só as fumaças, não. Tem também o lixo no rio, o esgoto indo pro rio. Todos os tipos de lixo do mundo. (isso foi uma hipérbole). Sem falar na poluição visual (não estou falando de publicidade) e auditiva. 

• Lojas abertas até tarde: Tudo funciona até mais tarde, isso é muito legal. Pelo menos para nós que não trabalhamos nessas “lojas”.

Enfim, cidade grande tem todos os seus defeitos. Sem falar que achar uma molécula de ar limpo para respirar é quase impossível.

Mas, mesmo sabendo de todos os “perigos”, eu amo as cidades grandes. Gosto de me sentir um pontinho no meio de 1 milhão. Gosto de todo o clima tumultuado dessas cidades.  


(Apr 14, 2010 1:36 pm)